segunda-feira, 2 de julho de 2012

NÃO ERA ENSAIO


Ela diz: - Entendo quando diz:
- É um risco.
Muitas vezes somos pra nós mesmos.

A gente vai sendo experimentado na vida
E nem sempre fazemos as escolhas corretas
Mas não tinha como saber
Não era ensaio
Era a vida pra valer

A vida, que a cada dia
Nos presenteia com os raios do sol
E um possível recomeço.

Que em cada nova existência
Uma nova chance
Cuja anterior não nos é permitido lembrar

Vamos contando com a intuição
Cumprindo cada um com a sua missão
Mantendo elevados os padrões de pensamento
Num constante lembrete a mente e coração:
Orai e vigiai!



domingo, 29 de janeiro de 2012

Exílio

Nessa estrada que se fez ponte
não sou a partida nem a chegada,
meio do caminho que não é caminho
é ponte, travessia, ausência de lugar.

Minha dor vem da dor de não ter
não sou o lugar que ocupo
nem o lugar de onde venho
sou percursor do meu futuro.

Sou presente, esquecido passado e futuro
eterno presente que é sem lugar
sou de todos e nenhum lugar
universal e local.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Lugar

Qualquer lugar é um lugar
Nada há como seu lugar
Mas este lugar já não há
Lugar que só se faz no imaginar.

O que é o lugar?
Espaço que há e não há
Que foi, já foi lugar
Nada mais é que um lugar.

Onde é o lugar?
Verbo esse que não tem lugar
É ponte, entre lugares
Só isso que há

Meu lugar é não ter lugar
Ter ponte, viver na ponte
Na inconstância de não ter mais lugar
Na certeza disso reside meu lugar.

O que faço agora se não há?
Nada, só sigo pensando no lugar
No lugar que há
Na minha lembrança de meu lugar.

Meu lugar já não há
Eu mudei, ele mudou de ar
Mas nunca saí do meu lugar
E ele nunca saiu do meu andar.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BIOLUMINESCÊNCIA

Entrei numa concha
No fundo do mar
Que é minha’lma.
E como ele,
Esta alma é
Profunda, imensa
E por que não dizer,
Às vezes também obscura.

Recolho-me
Curando o que ainda magoa,
Me perdoando de velhas escolhas,
Para quem sabe, assim
Ressurgir mais inteira,
Autentica, plena
E menos ferida.

Imergindo nesse mar,
Que tantos segredos guarda,
Até mesmo de mim;
Busco pelos seres de bioluminescência,
Com sua beleza toda feita de energia e
Geradores de LUZ!

domingo, 15 de janeiro de 2012

INTUIÇÃO

Confia e espera
Na força que nos divulga
Através da intuição,
A certeza e a esperança
De que dias melhores virão.

Não duvides dessa força
Que nos chega espontânea
E nos cobre de luz,
Pelos fluidos que emana.

Age sempre com brandura
E aceita teu irmão
Que respeitar a fé do outro
É ser mais humano e cidadão.

Então, não esqueces e caminha,
Na certeza
De que dias melhores, virão.

domingo, 6 de novembro de 2011

Boa menina

Às vezes eu penso sobre o que as pessoas esperam de mim

O que esperam como comportamento de uma boa garota?

Seria eu uma boa garota? Bem, se ser uma "boa garota" significa calar
meus sentimentos, desejos, dúvidas, questionamentos e tudo o mais que fala mais
alto em mim... Eu não sei se consigo, por que acima de tudo não sei nem se é
isso que eu deva querer.


Talvez fosse mais fácil, ser a tal boa menina, seguindo o roteiro padrão, mas
me pergunto se eu seria mais feliz... Penso que não.

Como é bom sentir cada célula do seu corpo vibrar... É assim que eu me sinto
quando estou VIVA, embora não possamos esquecer: Há sempre os preços a pagar...
(alguns altos demais, estamos dispostos?) Ás vezes a gente também se queima...

Julgamentos me parecem cada vez mais pobres e dispensáveis, pois em geral se
baseiam em uma visão particular sobre algo ou alguém (detentor de toda a
verdade?)


Ao pensar assim estaria eu sendo omissa e/ou permissiva demais? Temo ser cruel
com outro ser humano, pois muitas vezes me feriram mesmo sem saber. Quantas
vezes eu o terei feito também? Provavelmente inúmeras. Afinal, todos já fomos
atingidos de alguma maneira. Penso em Vinicius de Moraes que em uma de suas inúmeras canções nos disse: “Quem semeia
vento, diz a razão colhe sempre tempestade.”

Se houvesse uma fonte dos desejos diante de mim agora, faria um
único pedido: Não nos deixemos atingir mutuamente!

bjos de amor!


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Destruir

Nas madrugadas anunciadas
é chegada a hora de andar
a estrada trazida pelo amanhecer
não pode ser negada
caminhar sem medo de partir
sem saber o que há na estrada
até outras madrugadas fatigadas
é a terra que há de engolir
e a noite chegou
sozinho estou no caminho
não espero alvorecer
nem quero
a noite é silêncio-reflexão
vou buscar nela viver
o presente nada mais
o negro céu deixa minha voz voar
rasgar o manto negro
e evolui meu espiríto
mas quando o dia vier
é preciso não ter desperdiçado a noite
abandonar a covardia
encará-lo altivo
e renovar-se na noite seguinte
não quero a razão
quero meu copo vazio

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ridículo, Bonito

Sorriso seu pra me animar
Me sinto flutuar
Em versos romantizados demais
Ridículo demais
Me sinto no ar
Rápido a me levar
O vento não quer cessar
Como a admirar o quadro de arte
Que vejo em cores claras a pular
Não tem explicação
Nem deve ter
Pra ficar a andar no ar.